Compreendendo o primeiro princípio do Teatro na Igreja
“Enquanto estou no
mundo, sou a luz do mundo.” (Joa 9:5)
Tenho
observado em alguns ministérios de Teatro que eles se preocupam muito com o
realismo de suas encenações. Assim, quando uma jovem interpreta uma prostituta,
por exemplo, ela se veste de forma sensual, caprichando nos detalhes. Para o
Teatro secular quanto mais singularidade melhor. E, se a interpretação é fiel,
se a personagem se desvela, maravilha. Entretanto, na igreja, a proposta é
outra. Não há necessidade de fidelidade às vestimentas de uma prostituta. Não há
necessidade de estimular a sexualidade, nem tampouco demonstrar carícias ou
provocações. Temos que ser o mais metafórico possível, de maneira a despertar
na plateia o que está escondido por trás da prostituição. Lembre-se: “Enquanto
estou no mundo, sou a luz do mundo.” (Joa 9:5)
O foco é a
Palavra de Deus e o que ela é capaz de fazer em situações como esta. De nada
adiante focar no figurino, na maquiagem ou no gesto costumeiro. O que, além do
óbvio, pode representar uma prostituta? É neste questionamento que vocês devem
se basear. A partir daí, a interpretação faz o resto. A voz e suas variações de
tom e impostação irão ajudar bastante na composição da personagem. Basta estar
concentrado e ciente de que o simbolismo desperta o interesse na plateia e
estimula os membros a pensar. Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se
alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele (1Jo 2:15). Portanto, cuide
para que o foco maior seja sempre a Palavra de Deus.